sábado, 19 de julho de 2014


Novos tempos, novas ideias.
Nado, criado e amadurecido em fascismo, a democracia orgânica, vi-me brindado, após Abril, com democracia electiva de ludibriar no voto para assistir à pilhagem, quatro anos a fio, por leis que a legitimam.

Posso, pelo menos, escrever, clandestinamente, enquanto, à proibição nos jornais, não se juntar um vírus, mais eficaz do que os que me têm mandado, generosamente, pela Internet.
À União Europeia, fico a dever-lhe o capitalismo generoso espraiado nos milhões que nos deram para destruir a pesca, a agricultura, a indústria, restando o comércio residual para que possamos comer o que a Espanha nos envia.

Fui-me actualizando em socialismo, que, nos tempos modernos, serve administradores à banca e legisladores que privatizam.
Mas a participação na rapina guinda colaboracionistas a salvadores da pátria e o criminoso sou eu que insisto na dignidade e soberania do país.

Contudo, tenho que confessar que não me partem os braços nem me bombardeiam a casa, talvez pela sorte de não ser palestino, que esses, sim, são todos terroristas.
Por último, fiquei sabendo que estou em economia aberta de vários compartimentos estanques, dado que o BES não é a Holding e a Holding não é o BES.

A continuar a cavalgada das novidades, hei-de acabar por ver que esclavagismo é boa forma de governação e morrer na valeta uma suprema redenção.
Resta-me, pois, continuar paciente, a olhar os putos malcriados que destroem Portugal, porque há destruição destruição, a nossa, porém, é construtiva, Hayek o disse e Passos o confirma.

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