O meu tio Jorge não é do
governo nem director de coisa nenhuma, mas também às vezes engana-se e diz
coisas certas, que dão que pensar.
A diferença é que, quando
tal lhe acontece, o lapso resulta da ingenuidade de pessoa que ainda conheceu
valores, noutros tempos.
Ontem, por exemplo, até
julguei ouvir o nosso presidente, tão óbvia foi a constatação que fez:
- Agora, a propósito de tudo
e de nada, há um alerta amarelo.
Eu, que não dera por isso,
fiquei assombrado com a profundidade da observação e conclui que, de facto,
andamos num sobressalto permanente
socio-político-histórico-geográfico-metereologicamente falando.
Há-de haver uma má fé em
manter o cidadão assustado, mas talvez já se enquadre na nossa forma de ver,
depois da governação ter encontrado no medo o que melhor lhe serve no projecto
de destruição.
E a chantagem é uma arma.
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